6 de junho de 2011

Oi galerinha, como estão? ^^
Quem é fã da saga sabe que todo e qualquer tipo de informação sobre Fallen nos deixa louco, não é mesmo? Em uma entrevista, nossa querida Lauren Kate disse sobre como foi escrever Fallen e um pouquinho sobre Passion. Tudo bem que é do ano passado, mas vale muitíssimo a pena dar aquela conferida:




1 - Como você começou a escrever?

Quando eu era criança, meus amigos vinham à minha casa para que escrevêssemos peças de teatro, histórias curtas, musicais, então isso é algo que sempre vim fazendo. Eu acho que, como fiquei mais velha, provavelmente lá pelo ensino médio, comecei a levar todos os meus contos para a ficção, e comecei a escrever romances, isso aos 17 anos. Desde então, tudo que eu tenho feito, achei que fosse uma preparação. Me graduei em escrita criativa na faculdade, trabalhei numa editora depois disso, e fiz meu mestrado em ficção. Foi algo que eu sempre quis fazer; eu nunca soube até uns anos atrás, quando o livro foi publicado, que era algo que eu poderia fazer de fato. Porque não é algo como a faculdade de medicina, que você sabe que no final vai ser um doutor. É como, você pode tentar e ter esperanças, mas sempre se sentirá como num sonho. Então quando eu vendi Fallen, bem, ainda estou me recuperando do choque de ter feito isso!!!




2 - Quais são suas influências literárias?

Quando eu era criança, meu autor favorito era Roald Dahl. Matilda mudou a minha vida quando eu era uma garotinha, e ainda acho que é um dos livros mais perfeitos. Eu amo Phillip Pullman, Suzanne Collins, Charles Dickens, F. Scott Fitzgerald - Tenho uma longa lista, e poderia continuar, mas é muito grande.




3 - O que a inspirou para criar Fallen?

Eu comecei a escrever (e conceber) Fallen quando estava trabalhando em uma outra história. Estava escrevendo um romance há uns cinco ou seis anos, e estava muito interessada nos personagens - era uma trágica história de amor, mas eu não conseguia ver o fim dela. Eu me preocupava tanto com os personagens, que a história não ficou maior do que eles, e eu estava procurando justamente por algo que poderia ser maior, ter mais profundidade, e poderia se tornar um épico, versus um conto de amor. Naquela época, eu estava na faculdade e estava tendo uma aula sobre a leitura da Bíblia como literatura, e eu li uma linha no Gênesis falando sobre um grupo de anjos que estavam no céu e olharam para baixo, na Terra, e viram uma mulher mortal lá, e deduzi que elas fossem lindas, eles se apaixonaram e acabaram por desistir do lugar no céu por aquele amor. Para mim, era a resposta para o que eu estava procurando, algo que poderia ser uma grande história. Poderia ser a história de amor trágica, bela e complicada, mas também poderia ser maior do que isso, contendo perguntas sobre o que é bom e o que é mau e respondendo às nossas perguntas sobre mitologia. Tornou-se um desafio muito divertido, pensar em escrever uma série de quatro livros neste sentido.




4 - Quem é a garota das capas dos livros?

A garota da capa é uma artista brasileira. Ela fotografou, fez todos os efeitos especiais, e é a modelo das capas. Eu não sei como ela faz isso, talvez ela configure tudo e usa um temporizador, eu não sei, mas é incrível! Ela me mandou um email recentemente para me agradecer por ter deixado sua arte nos livros. Eu acho que um monte de gente está escrevendo para ela por causa disso. Eu não consigo mais separar os livros daquelas imagens doces, e sou tão grata a ela por isso.





5 - O que a inspirou na criação do reformatório?

A definição é realmente importante para mim, eu amo ler livros onde as definições se tornam um tipo de personagem - eles são tão importantes para a trama que assumem sua própria identidade. Eu tinha ido várias vezes a Savannah quando estava na faculdade, e havia algo sobre o lugar que ficou comigo, uma atmosfera muito assustadora e eu sempre quis escrever sobre isso. Sobre o reformatório, as pessoas sempre me perguntam se eu já fui a um, é cem por cento ficção. Eu queria que a jornada da Luce fosse a mais difícil possível, de modo que ela se movesse lentamente em direção à luz, tendo revelação após revelação, para que ela pudesse avançar para a redenção no final. Eu queria que ela começasse em um lugar tão baixo, escuro e desafiador, e foi ai que Espada e Cruz (Sword & Cross) entrou. 




6 - Como você se sente sobre a morte de personagens? Como encarou isso ao escrever a série?

Eu acho que seria muito difícil fazer isso hoje. Em Fallen aconteceu, e eu não tive a intenção. Eu tinha escrito primeiro todo o projeto do livro e da vida de todos os personagens. E quando fazia as revisões eu pensava sobre algumas coisas que precisavam mudar, por razões que seria explicadas em livros posteriores. E eu sabia que tinha que ir de muito bom a muito ruim rapidamente. Eu não penso muito sobre como eu devo me expressar, só sentei um dia e reescrevi a cena - e o personagem acabou morrendo. Foi um daqueles momentos em que me desviei do plano, eu não esperava e não queria que isso acontecesse, mas aconteceu - a história se afastou de mim. E eu não olhei para trás depois de fazer isso e às vezes eu me pergunto se eu não pensei o bastante sobre o que eu poderia ter mudado, porque eu me sentiria terrível. Mas eu não fiz, e já estava em um rolo com a revisão, e prossegui, e acho que foi assim que aconteceu. Mas hoje, já que conheço esses personagens por tanto tempo - estive com eles por 1500 páginas - acho que seria muito difícil, seria uma situação realmente delicada.





7 - Que tipo de pesquisa você teve que fazer para Fallen?

Realmente eu não sabia nada sobre os anjos antes, mas sempre estive interessada na narrativa da Bíblia. Sentei-me com uma estudiosa da divindade na faculdade onde eu estava começando minha pós-graduação e ela só me deu uma lista de livros sobre angelologia e fui para a biblioteca local, e acho que assustei uma par de bibliotecários, porque eu tinha uma pilha de livros sobre o demônio. Eu leio muito sobre a história do céu e do inferno. Paradise Lost foi uma grande influência, minha atenção se voltou para o inferno. Olhei para a Bíblia e para o texto apócrifo, os textos extrabíblicos que foram escritos na mesma época, que tinha realmente um monte de deliciosas narrativas sobre anjos como nos livros de Enoque e nos Manuscritos do Mar Morto, que têm descrições fascinantes e belas dos anjos e as coisas que eles poderiam fazer.



8 - Foi com Fallen que você começou a escrever para o público jovem?

Quando escrevi meu primeiro livro, A Traição de Natalie Hargrove, acho que foi o tempo que eu comecei a aprender que estava escrevendo para um público jovem adulto. Comecei a escrever histórias principalmente aos dezessete anos, e desde então, todos os protagonistas que surgiram para mim são as meninas desta idade. É uma voz que surge naturalmente para mim, e eu me sinto muito confortável nesta atmosfera. Mas você pode escrever a partir do ponto de vista de uma menina de 17 anos de idade, e agradar as pessoas mais velhas, e já fiz isso antes também, mas foi algo que aconteceu naturalmente e sem querer, por passar tanto tempo escrevendo sobre esta faixa etária. Isso para mim é uma idade tão excitante para escrever, e não há tanta abertura e possibilidades para um personagem que tem 17 anos, parece uma fase muito boa para ficar por enquanto.





9 - Por que você acha que o sobrenatural é popular nesta faixa etária?

Acho que tem a ver com a fuga, um pouco. Há obviamente muita coisa que é realmente exótica sobre personagens paranormais. Vou falar sobre os anjos: a razão que me atrai é porque eles são retirados da norma, mas há sempre algo que nós todos crescemos sabendo, pensando, talvez, tendo intuição sobre eles, e você nunca pode realmente entender profundamente o que eles realmente significam, ou fazem, ou qual o propósito de eles existirem. Então eu acho que há muita familiaridade, mas também muito exotismo. Acho que há um equilíbrio entre o que você pode tocar, ter acesso, e se sentir confortável com o que é relacionável com você – o que é essencial sobre o paranormal é que há sempre um personagem mortal que supostamente é assim como você e começa a experimentar coisas que você adoraria fazer.





10 - Como foi sua trajetória até Fallen ser publicado?

A traição de Natalie Hargrove foi uma versão muito menor. Um amigo estava trabalhando como editor, e nós dois conversamos sobre isso e ela foi criada. Quando foi publicado, eu estava conversando com um agente e comentei sobre Fallen. Eu só tinha escrito, acho, uns cinco capítulos, e tinha um enredo muito solto para o resto da série (e tudo mudou desde o início, nada saiu do jeito que eu pensei que seria), e meu agente se animou com esses cinco primeiros capítulos e acabou enviando para as editoras com base nessa proposta. Não é muito usual - normalmente você termina de escrever o livro inteiro e o envia, mas acho que, talvez por já ter um livro publicado eu seria capaz garantir as pré-vendas com sua produção ainda em andamento. O agente se entusiamou na divulgação, e tivemos um monte de bons comentários, e logo tivemos resposta da primeira editora, que se animou desde o início, e foi o que acabou vendendo. Eu fiquei tão e feliz com a minha editora, acho que eles têm feito coisas incríveis para o livro, principalmente as jaquetas, que são tão legais. Eles “abraçaram” o livro de forma intensa desde o começo, por isso sou sempre grata a eles.





11 - Como sua vida mudou desde Fallen?

Passei a estudar mais sobre os anjos. Tornou-se como um emprego em tempo integral, e adoro isso. Estive viajando nos últimos três meses, aos EUA, Reino Unido, Alemanha, e depois aqui( não sei ao certo de qual local ela se refere) ... coisa que eu nunca poderia ter sonhado que aconteceria. Pensei que seria suficiente ter um único livro publicado a minha vida inteira, e agora estou trabalhando num quarto livro. E conhecer todos esses leitores e ir a eventos como este ... eu me sinto tão animada como você pode ver, acho que conseguir fazer isso é realmente muito especial, e eu não deixei que isso me subisse à cabeça. Mas, definitivamente, mudou a minha vida de forma inesperada.



12 - Qual foi sua reação quando soube que o livro chegou à lista dos mais vendidos no NY Times?

No momento em que Torment foi lançado, e chegou à lista, eu recebi um telefonema do meu agente, e lembro que me senti muito contente e agradecida. Liguei para minha mãe e disse: "Nós ficamos na lista dos mais vendidos", e ela disse: "Como assim “nós”? Você chegou à lista dos mais vendidos!" Eu não podia excluir todas as pessoas da editora e da agência que me ajudaram a chegar lá. Parecia um grande esforço conjunto, porque sem todas essas pessoas não teria acontecido. Me sinto grata por tudo o que fizeram. E tenho me sentido assim todos os dias, desde as 4:30h, que é quando fazem a lista. Sempre espero que me liguem e me avisem sobre a lista, mas naquele primeiro momento foi tudo tão novo pra mim.





13 - Fallen tem um pouco de mitologia, religião e da Bíblia. Algum conteúdo já publicado tem algo de desafiador?

Nos EUA existe uma situação muito inconstante - livros podem ser banidos sem razão . Eu não acho que haja nada em Fallen ou em Torment que vá fazer com que isso aconteça. Há alguns autores cujos livros eu realmente amei e que foram banidos. Ficarei muito feliz se nenhum livro for banido ou se eu nunca receber qualquer tipo de polêmica, porque não estou atrás disso. O que me interessa é que os leitores questionem, especialmente sobre a natureza do bem e do mal - o que faz o bem, e o que faz o mal, e que me impulsiona a fazer meus personagens malvados é algo realmente complicado, personagens que me interessam e espero que meus leitores também se interessem. Cam é um dos meus personagens favoritos de se escrever, e ele deveria ser mau, deveria ser só um demônio, mas ele é muito mais complicado que isso. E Daniel, que supostamente é bom e perfeitamente angelical, é um desafio, ele pode ser rude, às vezes, ele frustra Luce. É realmente interessante superar os limites e beirar as barreiras entre o bem e o mal, tem sido importante para mim no que eu tenho escrito.


14 - Você acredita em anjos?

Acredito. Nunca encontrei um anjo na minha vida, mas estou aberta a essa possibilidade. 




15 - Você gostaria de ser um?

Talvez um dia. Agora eu estou muito feliz em só escrever sobre eles.





16 - O que podemos aguardar da série?

O próximo livro se chama Passion, e ele sai em junho do próximo ano (2011). Estou terminando o primeiro rascunho, e prestes a terminar as revisões sobre ele, e acho que será absolutamente o livro mais legal que eu já escrevi. Será bem diferente, terá um retorno aos dois primeiros livros. Uma grande parte do caráter de Luce e como ela tem reencarnado... Passion é o livro que volta no tempo e olha para todas essas vidas passadas, através de diferentes séculos e continentes, vidas diferentes, e pais diferentes e, às vezes irmãos. É uma espécie de deriva em rituais thenjoy e seu passado histórico, e o terror de você saber que o Daniel está lá e eles se apaixonam, e os outros anjos aparecem... Foi um livro muito divertido e muito difícil de se escrever, mas acho que vai dar uma base muito forte para a história de amor. O quarto livro vai se chamar Rapture, e eu não sei ao certo qual a data, mas está previsto para o início de 2012. Esse é o grande clímax.








Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário